Maratona Rock in Rio

Esse final de semana tive o privilégio de assistir um dos shows mais incríveis da minha vida e considerado o melhor do RiR: Bruce Springsteen and the E Street Band. Estar num dos maiores festivais de rock do mundo (quem não se lembra do épico Iron Maiden live in Rock in Rio?) com uma das melhores platéias que um artista pode ter (quem não lembra da Tina Turner extasiada depois seu mega show no Maracanã?) foi além de tudo que eu já tinha participado na vida e nem preciso dizer que AMEI!

Mas vamos do começo, né?

Na sexta-feira, partimos os três, eu, marido e Raul, para a casa dos meus sogros para a nossa maratona Rock in Rio. Na sexta mesmo tínhamos o show do Bon Jovi e, depois de descarregar tudo e deixar nosso pequeno aos cuidados dos vovôs, fomos direto para a Cidade do Rock. A sexta era um dia mais harmônico para nós, pois curtíamos todas as bandas: Frejat, Matchbox Twenty (essa um pouco menos, pois conhecíamos poucas músicas), Nickelback e Bon Jovi e fomos cedo.

Esse dia fizemos tudo que se faz em um festival: rodamos, andamos, lanchamos, pegamos brindes, olhamos os stands, visitamos a Rock Street, vimos apresentações na Rock Street, deitamos no gramado, dormimos no gramado, hahahahaha!, etc, etc.

Foi um dia ótimo e nos divertimos a valer!

A única coisa que não gostei foi que o Bon Jovi não tocou Bed of Roses que é uma música que eu adoro e nunca tive a oportunidade de ouvir ao vivo. =/

No sábado, acabamos acordando tarde, tomamos café e voltamos a dormir! Hahahaha! Eita cansaço! Levantamos 13h e fomos almoçar no Applebees que estava com desconto de 15% para todo mundo que fosse para o RiR e mostrasse o ingresso no restaurante. Dali seguimos de voltar para casa, nos arrumamos e partimos para a Cidade do Rock. Não fomos cedo porque nesse dia só queríamos ver o Bruce Springsteen mesmo porque não fazíamos idéia de quem era Phillip Phillips, não gostamos de John Mayer e estávamos com preguiça de assistir o Palco Sunset de tarde. 

Quando chegamos demos um pouco de sorte e acabamos pegando o finalzinho do Skank que gostamos e assistimos. Depois fomos procurar um lugar no gramado, sentamos um pouco por lá até começar o show do Phillip Phillips que descobrimos que ganhou o American Idol (programa de calouros) e abre os shows do John Mayer e essa era a razão dele estar na programação do RiR. Bom, achamos o show meio chato e como o gramado estava vazio e tinha muita gente dormindo, resolvemos ir para a Rock Street. Acabamos ficando por lá escutando música celta, lanchando, olhando as lojinhas e pegando brindes (pegamos tantos martelos da Volks que acabamos dando para algumas crianças que nos pediam ehehehe!). 

Ficamos por lá até o fim do show do John Mayer e percebemos que muita gente foi embora depois do show do cara. Até pensei "ih, será que o Bruce vai floppar?", mas que nada... A verdade é que a programação do dia 21 estava muito esquisita e o público era bastante heterogêneo. Ao mesmo tempo que víamos pessoas mais velhas, víamos também jovens rockeiros, famílias e muuuuitas adolescentes. 

Com a saída do público adolescente do John Mayer, o gramado ficou vazio e conseguimos chegar beeeeem na frente, então tratamos de pega nossos lugares e ficamos esperando começar o show! O lugar era ótimo, sem vuco-vuco e aperto. 

Ficamos confortáveis e pudemos cantar, dançar e pular sem ser incomodados e sem incomodar os outros. O show do Bruce durou quase 3h e ele não parou um instante qualquer! E ele está lindo e disposto no auge de seus 63 anos! E o show foi um acaso a parte! Animado, enorme e com direito aos fogos que encerram os trabalhos do dia no RiR rolarem no meio do show. Nem o Bruce esperava e ficou tão atônito que chamou a banda para a parte baixa do palco e se acabaram nos covers, kkkk! Todo mundo cantando e dançando twist and shout no meio do gramado como se não houvesse o amanhã. 

Ficou todo mundo feliz e extasiado. Quem conhecia aproveitou cada segundo e quem não conhecia ficou de boca aberta com o espetáculo que foi.

Voltamos felizes, cansados e extasiados para a casa. E no caminho de volta, dentro do táxi, me lembrei de um episódio com a minha mãe na adolescência e contei aos risos para o meu marido: nós estávamos em um churrasco, cheio de bêbados tocando em uma roda de pagode e eu, no auge do meu mau humor e falta de paciência, típicos de adolescente, me afastei, me sentei em um banco e fiquei lá sozinha pensando que mal tinha feito para aturar aquilo, hahahaha, bem dramático. Minha mãe, quando percebeu minha ausência, foi me caçar e chegou me beliscando e dizendo "por que você não é simpática como as suas primas e vai lá aproveitar a música? tem que ficar aí sentada com essa tromba? você nunca vai arrumar um namorado desse jeito, vai ser sempre sozinha se for assim esquisita". E lá estava eu, 15 anos depois, com mais 84.999 pessoas esquisitas, sendo uma delas o meu marido, me divertindo com o "barulho infernal" que minha mãe sempre achou ruim.

Eita, vida boa!!!

PS. Algumas fotos do post são da Globo.com. Em dia de show e eventos com muita gente, levo poucas coisas em uma bolsinha pequena que uso transpassada e tem cadeado para não carregar peso e nem ter dor de cabeça em ficar me preocupando com as minhas coisas. Quero mais é curtir! Mas tirei umas fotinhos com o celular mesmo para registrar o momento (outras estão no insta, viram?). Além disso, como minha câmera é DSLR nem entra nesses ventos. =/

PS2. Qto aos looks que usei, tudo simples e confortável! Shortinho, blusa de malha e tênis nos dois dias! =D